quarta-feira, 1 de novembro de 2017

OS MÉDICOS DA TURMA DE FLORO (II)
Por Renato Casimiro
O médico Celestino Bourroul era um dos colegas de Floro Bartholomeu da Costa, quando da sua graduação em Medicina na Faculdade de Medicina da Bahia, em 1904. Nessa série, continuaremos trataremos de diversos outros, transcrevendo biografias encontradas na internet. Celestino Bourroul nasceu em 13 de novembro de 1880. Era filho único dos primos Paulo Bourroul e Sebastiana Bourroul, de ascendência francesa, especificamente de Antibes, na região da Provence. Celestino Bourroul inicialmente estudou na Escola do Padre Hipólito (SP) e, aos 13 anos, foi matriculado no Colégio São Luís de Itú (SP) que, desde 1867, recebia famílias de nível socioeconômico elevado. Sua inteligência e assiduidade nos estudos diferenciavam-no dos demais alunos, qualidades essas logo notadas pelos seus professores. Concluiu o curso de humanidades de forma exemplar e voltou a São Paulo, onde, inspirado no exemplo de seu pai, Paulo Bourroul, decidiu cursar medicina. A fim de seguir sua vocação, matriculou-se (nº 2447) na centenária Faculdade de Medicina de Salvador (BA), no início de 1899, preterindo a Faculdade Nacional de Medicina na cidade do Rio de Janeiro, em virtude do município albergar surtos periódicos de varíola e febre amarela. Novamente, sobressaiu-se dentre seus colegas de turma devido à sua inteligência e excepcional aproveitamento escolar, graduando-se, com distinção, em 1904. Era o começo da trajetória de um dos mais conceituados médicos do Brasil. Sua tese de formatura – praxe obrigatória à época – intitulou-se Mosquitos do Brasil, considerada inusitada. Esse trabalho foi fruto de uma pesquisa na ilha de Itaparica, onde criou um mosquito a partir da água das bromeliáceas. Descreveu sete novas espécies, sendo uma delas por ele descoberta, contribuindo assim, ainda como estudante, ao estudo da parasitologia. Recebeu a nota máxima, lamentando a banca Titular e emérito da cadeira no 21 da Academia de Medicina de São Paulo sob o patrono de Benedicto Augusto de Freitas Montenegro. examinadora não existir louvor superior para distingui-lo. Como prêmio, foi contemplado com uma viagem à Europa. Celestino Bourroul era católico fervoroso e, no preâmbulo de sua tese, fez uma bela homenagem à Virgem Santíssima. Retornou a São Paulo em 1904 e seguiu para a França, onde aperfeiçoou seus estudos com o professor Grasset, de renome internacional. Complementou seus conhecimentos no Instituto Pasteur de Montpellier, onde foi estimulado pelo professor Rolart, famoso bacteriologista, para que organizasse um curso de microbiologia. Transferiu-se para Berlim e estagiou no laboratório de anatomia patológica do professor Orth. Na sequência, partiu para Viena, onde fez estudos em clínica médica, radiologia e anatomia patológica. Ao retornar ao Brasil, abriu consultório na cidade de São Paulo e começou sua aproximação dos intelectuais, cientistas e religiosos. Em consequência de sua educação e da fidalguia com que atendia as pessoas, recebeu, com o passar do tempo, dos propagandistas farmacêuticos, o epônimo de professor emérito. A admiração era recíproca entre ele e Adolfo Lutz, cientista que o orientou no seu trabalho de formatura. Essa dupla serviria de modelo durante vários anos a pesquisadores do jaez de Oswaldo Cruz, Carlos Chagas e Artur Neiva. Os artigos que escreveu nos afamados centros médicos europeus da França, Alemanha e Áustria, contribuiriam para torná-lo conhecido e respeitado. Aos trinta anos, Celestino Bourroul já era um médico afamado. Esposou, em 1912, Maria da Conceição Monteiro de Barros, que contava com 19 anos e era aluna da Escola Normal Caetano de Campos. Esse conúbio foi sólido por mais de 30 anos e gerou oito filhos. A atração de Celestino pela sua esposa era tal que, após o falecimento dela, jamais deixou de expressar seu luto. Celestino Bourroul tornou-se catedrático da Faculdade de Medicina de São Paulo 5 de agosto de 1914, onde regeu a disciplina de história natural médica, posteriormente denominada de parasitologia. Nessa casa de ensino também foi diretor (1922), catedrático da disciplina de doenças tropicais e infecciosas em 1925, e, anos mais tarde, diretor do Departamento de Higiene. Tornou-se representante da Fundação Rockfeller dos Estados Unidos da América após estabelecimento de convênio técnico-financeiro firmado em 1921. Essa fundação, juntamente com o auxílio de Júlio Prestes, então presidente do Estado de São Paulo, patrocinou a construção a partir de 1928 do prédio da Faculdade de Medicina de São Paulo, obra acompanhada com grande zelo por Celestino Bourroul. Sua inauguração se deu em 1930 e tornou essa instituição de ensino do mesmo nível dos padrões federais. Em 1934 foi integrada à Universidade de São Paulo e, em 1950, quando Bourroul era seu vice-diretor pelo terceiro mandato, foi considerada pelo Council on Medical Educations and Hospitals of the American Medical Association and Executive Council of the Association of Medical College dentre as escolas médicas de elevado nível de ensino. Celestino Bourroul tornou-se chefe do Serviço de Clínica Médica do Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia em 7 de outubro de 1921. Ao lado de suas atividades administrativas, expressava seu humanismo entre seus pacientes, tratando-os carinhosamente. Comemorava com seus enfermos as efemérides cristãs. A 6a Enfermaria de Homens que chefiava, organizou no Natal de 1937 uma comemoração, ocasião em que ele cumprimentou e confortou todos os pacientes em seus leitos. Dentre as entidades a que pertenceu salientam-se: Associação Paulista de Medicina, Sociedade Francesa de Cardiologia, Academia de Medicina da Argentina, Academia Nacional de Medicina (honorário, 30/11/1922) e Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, hoje, Academia de Medicina de São Paulo, entidade que teve a honra de presidi-la em dois mandatos anuais entre 1917-1918 e 1938-1939. Antônio Cândido Camargo, Antônio Prudente e Celestino Bourroul, motivados pelo aumento do número de óbitos por tumores malignos e lutando contra o preconceito e o medo à época de enfrentar essa doença, tiveram a ideia de fundar a Associação Paulista de Combate ao Câncer (APCC) em 1934. Esclareceram e divulgaram a ideia à população durante três anos, vindo a lume se primeiro estatuto em 1936. Entretanto, apenas em 1943 obtiveram os primeiros donativos – 100 contos de Réis – e, em 23 de abril de 1953, a entidade começou a atender pacientes no Instituto Central – Hospital A. C. Camargo. Indicado para presidi-la, Celestino Bourroul só o faria em 1957, respondendo humildemente na ocasião: “Precisam de alguém com real prestígio. Eu não serei de grande utilidade”. A APCC transformou-se na Fundação Antônio Prudente em 1974 e, em homenagem à dedicação prestada por Celestino Bourroul, seu nome foi dado à Escola de Cancerologia, entidade que abrange o ensino ministrado no Hospital do Câncer A. C. Camargo. Assim, os três visionários e protagonistas da Associação Paulista de Combate ao Câncer foram honrosamente imortalizados. Celestino Bourroul foi professor por 36 anos (!) e afastou-se da cátedra de doenças tropicais e infecciosas em novembro de 1950, por indicação médica em decorrência de distúrbios cardiovasculares. Mesmo assim, manteve atendimento à tarde em seu consultório até 1955, e comparecia na enfermaria da Santa Casa de Misericórdia pela manhã, não deixando sua rotina de examinar os pacientes com o seguinte argumento: “Quem cuidará dos que não podem pagar?”. Entretanto, poucos anos após, foi forçado a deixar essa prática com imensa tristeza e, com ela, o exercício da medicina que tanto amou e honrou. Segundo sua biógrafa, a acadêmica Yvonne Capuano, “ele tinha como princípio a ética no amor ao doente. Baseava seu trabalho na bondade, na paciência, competência e amor a Deus. Nunca deixou que a fama afetasse sua personalidade simples e humana. Exigente no ensino, tinha um caderno de assiduidade, aproveitamento, nome e fotografia dos alunos, onde assinalava o curriculum anual de cada um. Embora enérgico, os alunos consideravam-no um mestre perfeito, orientando-os não só nos problemas médicos como pessoais”. Dentre as homenagens que se lhe fizeram, salientam-se a condecoração pelo imperador do Japão por ter atendido graciosamente a comunidade nipônica de São Paulo, e o título de professor honoris causa da Faculdade de Medicina de Montevidéu. Celestino Bourroul, um dos mais notórios médicos brasileiros, baseou sua vida no estudo, trabalho, fé e humanismo caridoso. Ao final de sua existência escreveu: “A todos um ‘Deus lhes pague’ e um Adeus – até no céu onde nos encontraremos um dia, sem mais separação, para sempre”. Entregou sua alma a Deus em 9 de outubro de 1958, um mês antes de completar 78 anos. Ele é também honrado como patrono da cadeira no 38 da augusta Academia de Medicina de São Paulo; numa avenida na cidade de São Paulo e numa escola estadual no município de Santo André que levam o seu nome.

UMA IMAGEM E MUITAS HISTÓRIAS (I)
Durante muito anos, desde 1967, portanto há uns 50 anos, Daniel Walker e eu temos garimpado muitas imagens, milhares, dezenas de milhares, sobre a história do Juazeiro. Sempre nos interessou, desde aquela data o registro dos fatos pela imagem. Afinal, uma imagem, em se tratando especialmente da história de nossa cidade, sempre nos diz mais que muitos textos. Por isso, vou iniciando aqui uma nova série desses escritos semanais, quando vou me ocupar de relatar o que dizem algumas das mais expressivas imagens de nossa história. Sempre me angustiou que tendo encontrado tantas imagens nos guardados de famílias, particularmente, que isso sempre requeresse um relato da parte de alguém sobre as indagações mais fundamentais, em busca da perfeita identificação da imagem. O Que é?, Quem é (são)?, Onde foi?, Quando foi?, etc, são algumas das perguntas mais imediatas sobre qualquer delas. Lamentavelmente, em muitas dessas imagens, e sobre elas, ficou um grande vazio, pois ninguém tomou a iniciativa de registrar esses elementos. Mas, felizmente, essa nossa preocupação tem rendido muitos frutos para de fato esclarecer esses capítulos de nossa história. Vamos iniciar com esta imagem que postei nessa semana no Facebook, a título de esclarecer uma das imagens figurantes na exposição ora em andamento na Fundação Memorial Padre Cícero, com respeito à celebração do centenário de ordenação sacerdotal do Mons. Azarias Sobreira Lobo. Vamos com isso, estabelecer um breve, mas substancioso relato sobre o que a imagem guarda para a história. Esse é o propósito. 

O Texto: Dei a essa primeira imagem o seguinte título: ENTRE A VISITA PASTORAL E A CRIAÇÃO DA PRIMEIRA PARÓQUIA DE JOAZEIRO (1916-1917). E sobre ela informei: Essa foto foi feita entre a chegada da comitiva do bispo diocesano de Crato para a visita pastoral, em 17 de dezembro 1916, quando Amália Xavier, em suas memórias escreve: "Chega a Juazeiro em Visita Pastoral o 1° Bispo do Crato, D. Quintino, acompanhado do seu Secretário, Diácono Azarias Sobreira; os padres Joviniano Barreto e Horácio Teixeira; dois Seminaristas – Edmundo Milfont e Joaquim Pedroso. Fizeram sua entrada pela Rua da Matriz. Teve recepção soleníssima. O Pe. Cícero foi encontrá-los no início da rua; subiram caminhando entre as alas que constituíam a Comissão de Recepção, até a Igreja de Nossa Senhora das Dores onde foram iniciadas as cerimônias da Visita Pastoral. Ficaram hospedados em casa da Beata Soledade, atual Casa Paroquial. A Banda de Música acompanhou todo o cortejo." A criação da Paróquia foi alguns dias depois, já em Janeiro de 1917. Nessa foto estão, (da esq. para a dir.): Sentados: Pe. Joviniano da Costa Barreto; Pe. Cícero Romão Baptista, D. Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva; Pe. Pedro Esmeraldo da Silva Gonçalves e Pe. Emilio Leite Alvares Cabral; De pé: Diácono Azarias Sobreira Lobo; Pe. José Gonçalves Ferreira; seminarista Emygdio Lemos; Pe. Horácio Teixeira; Pe. Antonio Jatahy de Souza; e os seminaristas Edmundo Milfont e Joaquim Pedroso.

O Contexto: Pouco tempo depois de sua ordenação por D. Joaquim, Pe. Quintino veio residir no Cariri, como coadjutor em Missão Velha. Nessa ocupação ele presenciou o milagre de Joaseiro e privou intimamente com o Pe. Cícero. Assistiu muito de perto a todo o desenrolar do rumoroso processo que levou à condenação dos fatos e a suspensão de ordens do Pe. Cícero. Sempre dosou de muito prestígio tendo dirigido o Seminário de Crato. Em seguida paroquiou no Crato por quinze anos, até quando foi nomeado primeiro bispo diocesano. 

O Pretexto: A circunstância da Visita Pastoral está ligada a todos esses fatos que já deviam ter considerado Joazeiro uma grande paróquia, de alguns anos. Contudo a persistência da visão da Igreja sobre Joazeiro e seu antigo capelão protelaram por muito tempo essa decisão, da qual emerge a criação da primeira paróquia, em 1917. 

Nas Entrelinhas: A escolha do primeiro vigário da nova Paróquia, sob a invocação de Nossa Senhora das Dores, como assim se consagrava, desde a primeira capela, em 15.09.1827, recaiu sobre o nome do Pe. Pedro Esmeraldo da Silva Gonçalves, que, como cura da Catedral de Nossa Senhora da Penha, já vinha dedicando parte de suas atenções para com a capela de Joazeiro. Ele é um membro da comitiva da Visita Pastoral, pelo fato de ultimamente ter sua residência dividida entre Crato e Juazeiro. A escolha foi bem recebida pois Pe. Pedro Esmeraldo era de grande dedicação, pondo em regularidade o funcionamento da capela, com grande atenção aos serviços religiosos na cidade. 

Os personagens da fotografia: Pe. Joviniano da Costa Barreto: Nascimento: 05.05.1889, em Tauá; Pais: Cristina Gonçalves de Amorim Barreto e Roberto da Costa Barreto; Ordenação: 21.12.1911, em Fortaleza; Falecimento: 06.01.1950, em Juazeiro do Norte; O que fazia na data da foto: Vigário Coadjutor em Lavras da Mangabeira. Pe. Cícero Romão Baptista: Nascimento: 24.03.1844, em Crato; Pais: Joaquina Vicência Romana e Joaquim Romão Baptista; Ordenação: 30.11.1870, em Fortaleza; Falecimento: 20.07.1934, em Juazeiro do Norte; O que fazia na data da foto: sacerdote suspenso de ordens eclesiais e prefeito municipal de Juazeiro do Norte. D. Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva: Nascimento: 31.10.1863, em Quixeramobim; Pais: Maria Rodrigues Baptista Vaz e Antonio Rodrigues da Silva; Ordenação: 19.06.1887, em Fortaleza; Falecimento: 28.12.1929, em Crato; O que fazia na data da foto: Primeiro bispo da Diocese de Crato. Pe. Pedro Esmeraldo da Silva Gonçalves: Nascimento: 29.01.1876, em Crato; Pais: Maria de Sant´Ana Gonçalves e Antonio Esmeraldo da Silva; Ordenação: 30.11.1898, em Fortaleza; Falecimento: 01.10.1934, em Juazeiro do Norte; O que fazia na data da foto: Vigário do Crato (alguns dias depois seria o primeiro vigário de Juazeiro do Norte. Pe. Emilio Leite Alvares Cabral: Nascimento: 09.03.1881, em Milagres; Pais: Felismina Álvares de Oliveira Cabral e José Leite Rabelo da Cunha; Ordenação: 30.11.1903, em Fortaleza; Falecimento: 27.04.1933, em Crato; O que fazia na data da foto: Vigário de Assaré. Seminarista Azarias Sobreira Lobo: Nascimento: 24.01.1894, no povoado de Joazeiro (então pertencente ao Crato); Pais: Carolina Augusta Sobreira Lobo e José Lobo de Meneses; Ordenação: 22.06.1917; Falecimento: 14.06.1974; O que fazia na data da foto: Havia cursado o Seminário da Prainha (Fortaleza), entre 1908 e 1915, tendo se transferido para a Diocese de Crato em 1916, e no Colégio Diocesano foi aluno e professor. Nessa ocasião era diácono e seria ordenado no ano seguinte. Pe. José Gonçalves Ferreira: Nascimento: 25.03.1876, em Auirora; Pais: Cordulina Maria Leite e Joaquim Gonçalves Ferreira; Ordenação: 30.11.1902, em Fortaleza; Falecimento: 03.11.1917, em Várzea Alegre (suicídio); O que fazia na data da foto: Vigário de Várzea Alegre. Pe. Emygdio Lemos: Nascimento: 22.03.1892, em Crato; Pais: Senhorinha Maria de Lemos e Minembro Francisco de Lemos; Ordenação: 03.11.1924, em Crato; Falecimento: 26.02.1937, em Crato; O que fazia na data da foto: Era seminarista em Crato. Pe. Horácio Teixeira: Nascimento: 15.04.1880, em Icó; Pais: Maria das Mercês Teixeira e João Alexandre Teixeira; Ordenação: 30.11.1904, em São Luiz, MA; Falecimento: 22.11.1946, em Fortaleza; O que fazia na data da foto: Vigário de Missão Velha. Pe. Antonio Jatahy de Souza: Nascimento: 03.06.1861, em Tauá; Pais: Eufrásia Maria da Conceição e Clementino Alves de Sousa; Ordenação: 30.12.1890, em Fortaleza; Falecimento: 19.10.1927, em Barbalha; O que fazia na data da foto: Vigário de Barbalha. Seminarista Edmundo Milfont: Nascimento / Pais / Ordenação / Falecimento: sem dados; O que fazia na data da foto: Seminarista no Crato. Seminarista Joaquim Pedroso de Oliveira Lima: Nascimento / Pais: sem dados / Ordenação: 1920, em Crato; Falecimento: sem dados; O que fazia na data da foto: Seminarista no Crato.

SUCESSOR DE DOM BOSCO VISITOU JUAZEIRO
Esteve visitando as obras Salesianas em Juazeiro do Norte o décimo sucessor de D. Bosco Pe. Angel Fernndez Artime, de origem espanhola. Em março de 2014, o padre Ángel foi nomeado Reitor Mor da Ordem dos Salesianos. Ele é graduado em Teologia Pastoral e Licenciado em Filosofia e Pedagogia. Em 2009 foi nomeado Inspetor da Argentina Sul e, graças a este cargo, pôde conhecer e trabalhar pessoalmente com o Papa Francisco — que, à época, era arcebispo de Buenos Aires. O padre Ángel é nascido em Leão, cidade que fica a noroeste da Espanha, onde foi ordenado padre em outubro de 1987. Já foi delegado da Pastoral Juvenil, diretor do Colégio Salesiano de Ourense, membro do conselho provincial e vigário provincial da cidade de Leão. Essa é a segunda vez que um Reitor Mor da SDB visita o Cariri. A primeira vez foi há 60 anos atrás, quando o Reitor era o Pe. Renato Ziggiotti, em 17.06.1957. Ele veio a Juazeiro para visitar as obras, também fez o lançamento da pedra fundamental do Santuário do Coração de Jesus, pois os Salesianos comprometeram-se a construir a Igreja do Coração de Jesus cumprindo um voto que fizera o Pe. Cícero e mais dois sacerdotes, de construir a igreja, agradecendo o inverno copioso que caira após uma ameaça de seca no Ceará, em 1878. Na verdade, esse compromisso não era mais pela premissa do grande templo no Horto (que seria retomado e está em curso na Colina do Horto), mas pelo novo templo que se ergue majestoso em frente ao Colégio. Recentemente o Pe. Giancarlo Perini me enviou um texto, em italiano, que faz uma pequena resenha sobre aquela visita. Eu me aventurei a fazer uma tradução e é o que transcrevo a seguir: “Na manhã de 14 de junho (1957), o Reitor Mor (Pe. Renato Zigiotti) embarcou num avião bimotor militar concedido pelo governo de Pernambuco para Cajazeiras, uma cidade pequena e tranquila no Estado da Paraíba, a 400 quilômetros da costa atlântica, em uma área bastante árida devido à falta de vias navegáveis ​​e à falta de chuvas. Existe uma instituição com instalações internas e externas; tem um oratório diário e uma grande igreja pública. A boa vinda ao Reitor-Mor, sem as exigências das grandes cidades, é muito amigável e afetuosa. Cooperadores e pessoas o cercam no pátio do instituto, e todos tomam a palavra para o prefeito. No dia seguinte, no teatro, há uma ópera musical com poemas e músicas. O bispo da cidade também está presente. De Cajazeiras com meia hora de voo para Juazeiro do Norte. Esta cidade deve seu desenvolvimento prodigioso (de algumas centenas de habitantes agora contam-se 60 mil) ao prestígio e fama do padre Cícero, sacerdote do clero secular. Com sua vida austera e devotada, com zelo e grande generosidade e com talentos pessoais incomuns, ele sabia se burlar não apenas de simpatia, mas mesmo de uma admiração infinita para aqueles que o conheciam; admiração às vezes assume o aspecto do fanatismo. Muitos deixaram suas casas e bens para vir a Juazeiro, que agora se tornou um local de imponente peregrinação. Este sacerdote foi capaz de inculcar uma grande devoção à Virgem e ao Sagrado Coração. Extraordinário ainda é a afluência dos sacramentos sagrados e das várias funções sagradas. O rosário é rezado em todas as famílias, e muitos homens o levam no pescoço. O padre Cícero queria confiar a continuação de suas obras aos Filhos de Dom Bosco, pelo qual ele tinha grande estima e simpatia. Mas na vida, ele não conseguiu ver seu sonho se tornar realidade. Os salesianos vieram se instalar depois de sua morte e só se beneficiaram parcialmente dos bens que o Sacerdote deixou, com que uma instituição poderia ser erguida. À entrada da cidade, há um pequeno albergue que acolhe jovens abandonados e aspirantes ao sacerdócio (antigamente se chamava Escola de Menores, fundada e dirigida pelo Pe. Celestino Capra). Na recepção de Juazeiro ao Reitor-Maior foi entusiasmado, especialmente a devoção a Maria SS. Auxiliadora e S. João Bosco são generalizadas em todas as famílias. Mas o momento mais significativo de sua visita foi a solene cerimônia de colocação da primeira pedra do Santuário, em frente ao nosso Instituto (atual Ginásio Salesano). Esta pedra veio das Catacumbas de Santa Catarina, abençoada pelo Santo Padre, foi enviada por nossos Irmãos do "Instituto São Tarcisio", em Roma.” O Pe. Giancarlo Perini me lembra que naquela ocasião “o jovem que foi dar as boas vindas ao Pe Renato Ziggiotti foi o chamado hoje “ cronista do Cariri”, com mais de 90 anos, Geraldo Meneses Barbosa.” Outra coisa que me parece deve ser lembrada é esse detalhe da pedra fundamental que incluiu uma pedra trazida das Catacumbas de Santa Catarina, da cidade de Chiusi, Itália. Chiusi é uma cidade na divisa entre a Umbria e a Toscana, rica de história e mistério, onde há 2 catacumbas onde foram sepultos os primeiros cristãos. Em Chiusi há 2 catacumbas, a catacumba de Santa Mustiola e de Santa Catarina d’Alessandria. A catacumba leva o nome de uma capela dedicada à Santa Catarina de Alexandria.
NOVOS CIDADÃOS JUAZEIRENSES
Duas personalidades acabam de ser agraciadas com o título de cidadania honorária da cidade de Juazeiro do Norte. Vejamos os atos:

RESOLUÇÃO N.º 866, de 17.10.2017: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Ilustre Senhor JOSÉ MATIAS DA SILVA, pelos inestimáveis serviços prestados a esta comunidade, principalmente na área esportiva. Autoria: José Nivaldo Cabral de Moura; Coautoria: Paulo José de Macêdo Subscrição: José David Araújo da Silva, Domingos Sávio Morais Borges, Diogo dos Santos Machado, Herbert de Morais Bezerra, Cícero José da Silva, Rubens Darlan de Morais Lobo, Damian Lima Calú, Antônio Vieira Neto, José Tarso Magno Teixeira da Silva, Glêdson Lima Bezerra, Francisco Demontier Araújo Granjeiro, Jacqueline Ferreira Gouveia, Rosane Matos Macêdo e Auricélia Bezerra. 

RESOLUÇÃO N.º 867, de 17.10.2017: Art. 1.º - Fica concedido Título Honorífico de Cidadão Juazeirense ao Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito GIACUMUZACCARA LEITE CAMPOS pelos inestimáveis serviços prestados a esta comunidade. Autoria: José Adauto Araújo Ramos; Coautoria: Paulo José de Macêdo, José Tarso Magno Teixeira da Silva e Glêdson Lima Bezerra. Subscrição: José David Araújo da Silva, Domingos Sávio Morais Borges, Diogo dos Santos Machado, Herbert de Morais Bezerra, Cícero José da Silva, Rubens Darlan de Morais Lobo, Damian Lima Calú, Antônio Vieira Neto, José Tarso Magno Teixeira da Silva, José Nivaldo Cabral de Moura, José Barreto Couto Filho, Cícero Claudionor Lima Mota, Francisco Demontier Araújo Granjeiro, Jacqueline Ferreira Gouveia, Rosane Matos Macêdo e Auricélia Bezerra.

(Na foto: Flagrante da visita do Pe. Renato Ziggiotti ao então Instituto Salesiano Pe. Cícero, depois Ginásio Salesiano São João Bosco e hoje, Colégio Salesiano São João Bosco, em 16.06.1957. Vêem-se dentre os presentes: o Pe. Renato Ziggiotti, membros da comitiva, padres salesianos e frades Franciscanos, o prefeito José Geraldo da Cruz, dr. Geraldo Menezes Barbosa e o radialista Coelho Alves.) 

NOVA ESCOLA


Construindo uma nova escola municipal a cidade prestará brevemente uma significativa homenagem a uma das mais expressivas educadoras que tivemos, a professora Lúcia Vanda Veloso Guimarães. Professora Ruralista formada pela Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte, ela integrou por toda a sua vida profissional o quadro docente daquele estabelecimento até à sua aposentadoria. Hoje é lembrada com muitos méritos. Vejamos o ato competente: LEI Nº 4.771, DE 25 DE SETEMBRO DE 2017 Dá nova denominação a Escola Municipal de Ensino Infantil – EMEI Professora Lúcia Vanda Veloso Guimarães, e adota outras providências. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE, Estado do Ceará, no uso de suas atribuições legais que lhe confere o art. 72, inciso III, da Lei Orgânica do Município. FAÇO SABER que a CÂMARA MUNICIPAL aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei. Art. 1º – Fica denominada de Escola Municipal de Ensino Infantil – EMEI PROFESSORA LÚCIA VANDA VELOSO GUIMARÃES, a que está sendo construída no Residencial Minha Casa Minha Vida, São Sebastião I e II, no Bairro Betolândia, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará. Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º – Ficam revogadas as disposições em contrário. Palácio Municipal José Geraldo da Cruz, em Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, aos 25 (vinte e cinco) dias do mês de setembro do ano dois mil e dezessete (2017). JOSÉ ARNON CRUZ BEZERRA DE MENEZES PREFEITO DE JUAZEIRO DO NORTE Autoria: Vereador José Adauto Araújo Ramos.

UTILIDADE PÚBLICA
Duas instituições, no âmbito do município foram declaradas como de Utilidade Pública pelos seguintes atos legislativos: LEI Nº 4.768, de 25.09.2017: Art. 1º – Fica reconhecida de Utilidade Pública a IGREJA NOVA VEREDA, fundada em 14 de julho de 2017, constituída de direito privado, doravante denominada Igreja como entidade civil religiosa, autônoma e parte da Igreja que o Senhor Jesus estabeleceu na terra, sem fins lucrativos, que terá duração por tempo indeterminado, com sede e foro jurídico na cidade de Juazeiro do Norte/CE, e reger-se-á por seus estatutos sociais, bem como pelas leis, usos e costumes nacionais. Autoria: Vereador Glêdson Lima Bezerra 

LEI Nº 4.769, de 25.09.2017: Art. 1º – Fica reconhecida de Utilidade Pública a ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA CAMPO GRANDE FUTEBOL CLUBE, fundada em 23.02.1985, nesta cidade de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, com personalidade jurídica distinta de seus associados, sem fins lucrativos, que tem por finalidade difundir a prática do futebol, promover reuniões de caráter esportivo, cívico, educacional, cultural, social, bem como Workshop e minicursos, de duração por tempo indeterminado, e reger-se-á por seus estatutos sociais, bem como pelas leis, usos e costumes nacionais. Autoria: Vereadora Auricélia Bezerra; Coautoria: Vereador Antônio Vieira Neto

NOVA AVENIDA: LUIZ DE MATOS FRANCA
A Câmara Municipal propôs, aprovou e o prefeito sancionou uma homenagem há muito pendente, em nome de Luiz de Matos Franca. Assim foi dado seu nome a uma nova rua entre os bairros da Timbaúba e do Limoeiro. Vejamos a LEI Nº 4.742, de 24.07.2017: Art. 1º - Fica denominada de AVENIDA VEREADOR LUIZ DE MATOS FRANCA, a artéria projetada ao longo do Riacho das Timbaúbas, com início na Rua Francisca Paula Bezerra (Sul) e término na Avenida Governador Virgílio Távora (Norte). Ao Leste com a Rua João Paulo I, Rua Assis Dias Sobreira e Rua Madre Maria Villac. Ao Oeste com Avenida José Bezerra de Menezes e Rua Unias Filgueiras, estendendo-se ao longo dos Bairros Timbaúba e Limoeiro. Autoria: Vereador José Adauto Araújo Ramos.
CONSELHO DE DEFESA DOS ANIMAIS
Foi criado o Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais – CMPDA, nos seguintes termos: LEI Nº 4.773, de 11.10.2017: Art. 1º - Fica criado o Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais - CMPDA, órgão consultivo e deliberativo, instrumento de Política Pública Municipal de destinação e gerenciamento de receitas e meios para o desenvolvimento e a execução de ações voltadas à saúde, à proteção, à defesa e ao bem-estar animal no Município de Juazeiro do Norte, visando à saúde humana e a proteção ambiental. Art. 2º - O CMPDA tem como objetivos: I - Incentivar a guarda responsável dos animais, conforme a legislação vigente; II - Acompanhar, discutir, sugerir, propor e fiscalizar as ações do poder público e o fiel cumprimento da legislação de proteção animal. Art. 3º - São atribuições do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais: I - Emitir parecer e deliberar em situações definidas nos termos do Art. 2º desta Lei; II - Avaliar projetos no âmbito do poder público relacionado com a proteção animal e o controle de zoonoses; III - Propor alterações na legislação vigente para garantir o cumprimento do direito legítimo e legal dos animais; IV - Propor e auxiliar a realização de parcerias com empresas públicas e privadas que possam apoiar, com auxílio financeiro ou força de trabalho, o cumprimento dos objetivos deste Conselho; V - Propor prioridades e linhas de ação na alocação de recursos em programas e projetos relacionados à guarda responsável; VI - Solicitar e acompanhar as ações dos órgãos da Administração Pública, Direta ou Indireta, que têm incidência do desenvolvimento dos programas de proteção e defesa dos animais; VII - Acionar os órgãos públicos competentes em situações relativas ao bem estar animal; VIII - Requisitar e acompanhar diligências e adotar providências contra situações de maus-tratos aos animais; IX - Requerer na Justiça a proibição da tutela de animais e outras ações que visem à proteção animal, em situações previstas na legislação vigente; X - Propor e auxiliar o poder público na realização de campanhas de esclarecimento à população quanto a guarda responsável, educação ambiental e saúde pública, conforme definido na legislação; XI - Contribuir com a organização, orientação e difusão de práticas de guarda responsável no município; XII - Discutir medidas de conservação da fauna silvestre, bem como a manutenção dos seus ecossistemas; XIII - Incentivar a realização de estudos e trabalhos relacionados com a proteção animal. Art. 4º - O CMPDA será constituído por 10 (dez) membros, com mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução: I - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Serviços Públicos; II - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Saúde; III - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Educação; IV - 1(um) representante da Secretaria Estadual de Meio Ambiente ou do Ministério do Meio Ambiente; V - 2 (dois) representantes de entidade voltada à proteção animal; VI - 1 (um) representante de entidade voltada à conservação e proteção da fauna silvestre; VII - 2 (dois) representantes da comunidade acadêmicocientífica, das áreas de ciência animal e/ou direito ambiental; VIII - 1 (um) médico veterinário da iniciativa privada. § 1º - Para cada membro do Conselho será indicado um suplente da mesma área de atuação. § 2º - Cada membro tem direito a um voto. § 3º - A função de membro do CMPDA é gratuita e considerada serviço público relevante, ficando expressamente vedada a concessão de quaisquer tipos de remuneração, vantagens ou benefícios de natureza pecuniária. § 4º - O CMPDA será presidido por um de seus membros, eleito por maioria simples, na primeira reunião ordinária, ficando os dois segundos mais votados eleitos para os cargos de Vice Presidente e Secretário. § 5º - Os representantes, titular e suplente, dos órgãos e entidades, serão indicados pelas respectivas instituições e nomeados pelo Prefeito. § 6º - A substituição de representantes será efetivada mediante justificativa aprovada pela maioria, mantendo-se inalterada a sua constituição. § 7º - A inclusão de novos representantes ou entidades se dará mediante lei. § 8º - Os membros do CMPDA que não comparecerem a três reuniões num prazo de 12 (doze) meses perderão o mandato, devendo ser informado, de imediato, o órgão ou entidade que os indicou, para, num prazo de 15 (quinze) dias, providenciar a substituição. Art. 5º - O CMPDA reunir-se-á ordinariamente, no mínimo, 1 (uma) vez a cada dois meses e, extraordinariamente, na forma que dispuser seu Regimento Interno. § 1º - A convocação será feita por escrito, enviadas por correios ou correio eletrônico, com antecedência mínima de7 (sete) dias para as sessões ordinárias e de 24 (vinte e quatro) horas para as sessões extraordinárias. § 2º - As decisões do CMPDA serão tomadas com aprovação da maioria simples de seus membros, com presença de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) dos membros, contando com o Presidente, que terá o voto de qualidade. § 3º - As sessões plenárias do CMPDA serão abertas à participação de todos os cidadãos, entidades da sociedade civil e movimentos populares, com o objetivo de analisar os trabalhos realizados, orientar sua atuação e propor projetos, programas ou ações específicas afeitas ao tema. Art. 6º - O CMPDA deverá elaborar seu Regimento Interno no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de publicação desta Lei. Art. 7º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio Municipal José Geraldo da Cruz, em Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, aos 11 (onze) dias do mês de outubro do ano dois mil e dezessete (2017). JOSÉ ARNON CRUZ BEZERRA DE MENEZES PREFEITO MUNICIPAL DE JUAZEIRO DO NORTE Autoria: Vereadora Jacqueline Ferreira Gouveia Coautoria: Vereadores Damian Lima Calú e Rita de Cássia Monteiro Gomes
DIA DO CAPELÃO
Confesso que não sei lhes informar quanto são os capelães de Juazeiro do Norte. Mas, seguramente, a invocar o primeiro deles, o nosso santo padrinho Pe. Cícero, enche-se de mérito a celebração em honra dos que na atualidade, em parte o sucedem. Então, parece ser essa a razão da Lei que cria o dia do Capelção, para ser celebrado anualmente em 20 de novembro. Vejamos o ato formal. LEI Nº 4.774, de 11.10.2017: Art. 1º - Fica instituído o “Dia do Capelão” no âmbito do Município de Juazeiro do Norte, a ser comemorado, anualmente no dia 30 de novembro. Art. 2º - O evento ora instituído passará a constar no Calendário Oficial de Eventos do Município de Juazeiro do Norte. Art. 3º - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de dotação orçamentária próprias, suplementadas se necessário. Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º - Ficam revogadas as disposições em contrário. Autoria: Vereador Francisco Demontier Araújo Granjeiro; Coautoria: Vereador Damian Lima Calú.

Aeroporto Orlando Bezerra, em Juazeiro do Norte (Foto: Infraero/Divulgação)
A VENDA DO AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE

Diz-se “Privatização”, para o que se fará com o Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes. E é o que farão também com outros doze aeroportos em outras localidades do país, de acordo com publicação no Diário Oficial da União, em 25.10.2017. A palavra específica, desse tal espírito neoliberal não deveria esconder a realidade: tira-se do povo e se dá ao mais guloso que tudo pode. É uma expropriação tornar privado o que é público, especialmente quando não se tem zelo pelo patrimônio do contribuinte. De há muito tudo isso foi pago por nós. Agora perderemos, sob a alegativa de que será mais ágil, poderá ser modernizado segundo os interesses de novos donos. O Aeroporto Regional do Cariri vai passar a novos comandos, como os demais: Aeroporto Eurico de Aguiar Salles, em Vitória (ES); Aeroporto Gylberto Freyre, em Recife (PE); Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande (MT); Aeroporto de Macaé, em Macaé (RJ); Aeroporto Presidente Castro Pinto, em Bayeux (PB); Aeroporto Presidente João Suassuna, em Campina Grande (PB); Aeroporto Santa Maria, em Aracaju (SE); Aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió (AL); Aeroporto Maestro Marinho Franco, em Rondonópolis (MT); Aeroporto Presidente João Batista Figueiredo, em Sinop (MT); Aeroporto Piloto Oswaldo Marques Dias, em Alta Floresta (MT) e Aeroporto de Barra das Garças, em Barra das Garças (MT). Paciência. Se alguém vai ganhar muito dinheiro com isso, que pelo menos preste melhor serviço, pois continuaremos pagando o quanto eles quiserem.

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