terça-feira, 9 de setembro de 2014

 BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
075: (08.09.2014) Boa Tarde para Você, Ana Cláudia Ribeiro Soares
Neste 2014 completaram-se quarenta e um anos que ingressei na atividade docente, sendo um daqueles que abriram o primeiro ano letivo da Universidade de Fortaleza. Numa das primeiras reuniões preparatórias para aquela grande data, professora Ana Cláudia, o então reitor recorria a Jean Piaget para nos lembrar: "A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." Convenhamos, Ana Cláudia, esta frase encerra naturalmente um grande tratamento de choque do que se pode dizer a um jovem estreante no magistério. Foi como me senti naqueles dias, sendo, felizmente, a caminhada tão prazerosa em todos estes anos em que a advertência ainda hoje soa aos meus ouvidos como uma verdade absoluta. E, realmente, não é admissível que o exercício simplório da mesmice antipedagógica seja algo que anime a nossa Escola a perseguir o caminho mais fácil da repetição inconsequente de velho formulário, pretensamente exitoso. Confesso-lhe, professora, que ainda hoje assim me conservo, instigado e desafiado pelo velho Piaget, na itinerância das tantas e muitas salas de aulas que fizeram a minha habitação predileta, como na última sexta feira quando estive conhecendo, a seu convite e da professora Neuma, a realização da 1ª. Expobjetivo, a Feira de Ciências e Arte do Colégio Objetivo. Foram horas maravilhosas, Ana Cláudia, as que aí passei vendo parte de uma farta programação onde constavam Ações Culturais, Palestras sobre Acessibilidade e Inclusão Social, Oficinas sobre Fósseis, Origami, Dança Cigana, Isogravura, Construção de Sólidos Geométricos, Jogos Dramáticos e Improvisações, Reciclagem de Materiais, Minicursos de Libras, Ecosolidariedade, Aproveitamento de Alimentos, Manejo do Lixo Domiciliar, Exposições artísticas, como a de Literatura de Cordel e outras científicas, como a sobre fontes renováveis de energia, e tantas outras coisas que vi ali. Convidado, eu também participei de uma programação quando tive a oportunidade de falar a alunos da idade do meu neto Gabriel, sobre minhas atividades culturais. Assim, recebido pelos professores e alunos do Objetivo, fui vítima fácil de uma overdose de generosidade para me levar à emoção, com o destaque lisonjeiro, imagine, de que sou um filho ilustre de Juazeiro do Norte. Por tudo que vi no entusiasmo dos seus quadros discentes e docentes, o que não diferia de seu brilhante quadro dirigente, desejo nesta oportunidade, professora Ana Cláudia, parabenizar-lhes e dizer-lhes o quanto é auspicioso encontrar nesta escola que tem a sua inflamada e dedicada gestão, o brilho e o entusiasmo de educadores que se antenam dia e noite ao que há de melhor para fazer por estas novíssimas gerações que se preparam para a sucessão inadiável dos destinos deste novo velho mundo. Nós merecemos, Ana Cláudia, o Cariri bem merece este esforço e todo o empenho do Objetivo em ser uma instituição que se assemelha ao modelo ideal da educação que cada família termina por delegar à pedagogia institucionaliza e competente, para que seus filhos aí encontrem na direção esta extensão sagrada da família, aí encontrem nos seus professores os mestres habilitados que os acompanharão na caminhada do aprendizado para que sejam os homens e mulheres felizes do futuro presente. 
(Crônica lida durante o Jornal da Tarde, da FM Padre Cícero, Juazeiro do Norte, em 08.09.2014)

SINAL DE RESPEITO: TÃO BOM QUE PEGASSE...
Diria, inusitada, tal o pessimismo que nos assola. Mas, o prefeito municipal sancionou uma lei aprovada na Câmara Municipal que cria o Sinal de Respeito. Vejamos seus termos: LEI N.º 4370, de 02 de setembro de 2014, Institui no âmbito do Município de Juazeiro do Norte o Sinal de Respeito na forma que indica e adota outras providências. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE, Estado do Ceará. FAÇO SABER que a CÂMARA MUNICIPAL aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei: Art. 1.º - Em consonância com a Lei Federal n.º 9503, de 23 de setembro de 1997, fica instituído o Sinal de Respeito, primeiro gesto do pedestre que indica o desejo de atravessar a faixa de pedestre, onde essa exista, e também em qualquer ponto de via quando distante mais de 50m (cinquenta metros) de alguma faixa ou passagem nas diversas vias desta cidade, garantindo-lhe a prioridade na referida travessia sobre a faixa e alertando a atenção do condutor nos locais onde a faixa exista. § 1.º - O Sinal de Respeito é o gesto traduzido pelo ato do pedestre de levantar o braço quando ainda estiver na calçada. § 2.º - Ao atravessar em pontos onde não haja faixa de pedestre ou passagem, o cruzamento da via deverá ser feito em sentido  perpendicular ao de seu eixo e no momento propício, ou seja, quando o trânsito e a velocidade dos veículos não oferecerem risco. § 3.º - O procedimento de que trata este artigo aplica-se às ruas onde não exista sinalização semafórica ou agente de trânsito. Art. 2.º - O Poder Executivo Municipal realizará constante e massiva campanha educativa, direcionada tanto aos condutores quanto aos pedestres. Art. 3.º - Caberá ao Poder Executivo a regulamentação desta Lei, após sua vigência. Art. 4.º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.  Palácio Municipal José Geraldo da Cruz, em Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, terça-feira, 02 (dois) de setembro de 2014 (dois mil e quatorze). DR. RAIMUNDO MACEDO, PREFEITO DE JUAZEIRO DO NORTE. AUTORIA: Vereadora Maria de Fátima Ferreira Torres; SUBSCRIÇÃO: Vereadores Pedro Bertrand Alencar Montezuma Rocha, Maria Calisto de Brito Pequeno e Rita de Cássia Monteiro Gomes.