segunda-feira, 9 de junho de 2014

  BOA TARDE
Dou continuidade à publicação nesta página das pequenas crônicas que estão sendo lidas no Jornal da Tarde (FM Rádio Padre Cícero, 104,9 de Juazeiro do Norte) nos dias de segundas, quartas e sextas feiras, sob o título Boa Tarde para Você.
037: (09.06.2014) Boa Tarde para Você, Alaide Alves Bezerra
No dia 23 de julho de 2011, no centenário de nossa cidade, aconteceu a cerimônia de inauguração do monumento a Floro Bartholomeu da Costa, na antiga Rua Nova. Naquele dia, dona Alaíde Bezerra, eu a encontrei e nos abraçamos, fazia tempo. A senhora estava sendo apresentada como a moradora mais antiga da rua. E fez questão de discursar, dizendo do seu orgulho em ser juazeirense, trazendo a lembrança do tempo em que seus pais costumavam participar de festas na casa de Floro. Fiquei impressionado com sua lucidez e desenvoltura. Afinal, falava uma respeitável senhora de 90 anos, nascida nesta vila do Joaseiro, em 27 de fevereiro de 1921. Recomecei a prestar atenção sobre sua pessoa e os amigos me foram dizendo coisas que me relembravam um roteiro sentimental de bela biografia. Contaram-me, por exemplo, que a senhora foi diplomada professora pela Escola Normal Rural, integrando a quinta turma do estabelecimento, em dezembro de 1941. Do arquivo retirei os nomes de todas as suas 20 colegas: Adaltiva Grangeiro, Ana Barreto, Balbina Garcia, Beatriz Sobreira, Cleude Barreto, Ditosa Almeida, Djalma Ancilon, Doracir Costa, Estelita Magalhães, Joelina Sá, Lourdes Vital, Lúcia Vanda Veloso, Maria Garcês, Maria Zuli Morais, Neném Bezerra, Neném Pereira, Noemísia Portela, Renata Sabiá, Rocilda Pimentel e Rosa Martins. Professora, mesmo, a senhora já era desde 1935, numa escolinha improvisada nas Malvas, indo depois para o Círculo Operário, ficando ao lado de minha mãe, a também professora Doralice Casimiro. Foram me dizendo e eu fui anotando: seu casamento em 31 de dezembro de 1959, com o jovem comerciante Francisco Maciel Bezerra. E nessa lembrança, não obstante a família ampliada com o nascimento de Verônica, até hoje com 4 netos, entre futuros médicos e engenheiro, é para se lamentar profundamente, o seu sofrimento com o assassinato brutal de Maciel, na tragédia da Furna da Onça, em 5 de novembro de 1964, há quase cinquenta anos. Mas, dona Alaíde, não foi necessário que me lembrassem de como a vi, fiel servidora do então Posto de Tracoma, no bairro do Socorro, e no socorro de tantos. Como eu mesmo, que sofri tanto de infecções nos olhos, nas danações de inverno com as primeiras águas sujas lavando as telhas e saindo das bicas nas calçadas das casas e dos banhos do Salgadinho. Por isso mesmo, são inesquecíveis aquelas dores horrorosas que tinha de suportar quando ali me socorria, com colírio de nitrato de prata, fosse com a senhora, fosse com minha tia Dosanjos Soares, ou com Vanda Almeida, Alice Celestino, Marta Grangeiro, Edite Cabral ou Neusa Landim Almeida. Vocês eram enfermeiras dedicadas, agentes de saúde, visitadoras sanitárias... os anjos da guarda daqueles moleques das ruas do Juazeiro. Aliás, me disseram que, num prêmio à sua excepcional resistência, nestes seus 94 anos de vida, até diploma de Honra ao Mérito, a FUNASA, do Ministério da Saúde já veio lhe conferir, pois é a servidora aposentada mais antiga do Brasil. Quero lhe dizer que qualquer dia destes vou lhe visitar. Vou levar comigo um caderno que comprei numa livraria de livros velhos, em Fortaleza. Não sei porque aquilo estava lá. Sei apenas que é um caderno de anotações, com uma letra linda, de uma antiga agente de saúde que visitava famílias nas ruas de Juazeiro do Norte. Quando abri e comecei a ler, logo descobri que o caderno pertencera a Alaíde Alves Bezerra, nos anos 60. Vou lhe devolver e vamos nos emocionar juntos. Quando pensei em lhe fazer esta saudação, imaginei que falaria de duas ou três coisas que sei a seu respeito. Já fui longe, e o João tem que terminar o Jornal. Por último lhe digo, dona Alaíde, que vez por outra escuto uma linda canção de Nelson Antônio da Silva, o Nelson Cavaquinho, da velha guarda da Mangueira, de onde se ouve, entre belos acordes, os versos: “Mas depois que o tempo passar / Sei que ninguém vai se lembrar / Que eu fui embora. 
Por isso é que eu penso assim / Se alguém quiser fazer por mim / Que faça agora.” 
Receba a senhora, dona Alaíde Bezerra, estas mal traçadas linhas como uma homenagem. Quero me dirigir à senhora, por este seu exemplo de criatura atualizada. Que faz a leitura das últimas revistas. Que vê TV e escuta noticiários de rádio. Que está conosco todos os dias. Que tem uma mente privilegiadíssima e é uma memória viva e até pode, e deve, escrever livro. E que ainda é ativa como aquela jovem que adorava dançar nas festas do Clube dos Doze. E se duvidar, talvez ainda seja a mesma confeiteira de outros tempos, a artista maravilhosa que fazia biscuits e flores em tecidos. Por isso, a minha homenagem. Hoje! Agora! Ou, como diz o poeta, “antes que eu me chamar saudade”.
CINE CAFÉ NO CCBNB
Cães de Aluguel (Reservoir Dogs) é um filme americano de 1992 escrito e dirigido por Quentin Tarantino. Estrelado por Harvey Keitel, Steve Buscemi, Michael Madsen, Tim Roth e Chris Penn, o filme retrata os eventos anteriores e posteriores a um mal sucedido roubo de diamantes (embora não mostre o roubo propriamente dito), praticado por cinco homens que não se conhecem e que se referem uns aos outros através de nomes de cores. É o primeiro filme da carreira de Quentin Tarantino e incorpora elementos que viriam a se tornar marcas registradas do diretor, como crimes violentos, referências à cultura pop, narrativa não-linear, trilha sonora eclética e constante uso de palavrões em seus diálogos. Tarantino conseguiu financiar a sua produção através da venda do roteiro de True Romance, bem como pela adesão de Harvey Keitel ao projeto; com a entrada do ator, o diretor foi capaz de captar $1.5 milhões para o desenvolvimento do filme. Apesar de não ter recebido muita divulgação à época de sua estreia e ter emplacado uma bilheteria modesta nos Estados Unidos, Reservoir Dogs ganhou destaque após o lançamento de Pulp Fiction, obra subsequente de Tarantino, tornando-se um filme cult e sendo enaltecido como um clássico do cinema independente, tendo sido eleito "o maior filme independente de todos os tempos" pela revista Empire. Elenco:Harvey Keitel como Larry Dimmick, (Mr. White), Tim Roth como Freddy Newandyke (Mr. Orange), Michael Madsen como Vic Vega (Mr. Blonde), Steve Buscemi como Mr. Pink, Edward Bunker como Mr. Blue, Quentin Tarantino como Mr. Brown, Chris Penn como "Nice Guy" Eddie Lawrence Tierney como Joe Cabot. Sinópse: O filme se inicia com oito homens tomando café em um restaurante. Seis deles vestem ternos combinando e usam apelidos: Mr. Blonde (Michael Madsen), Mr. Blue (Edward Bunker), Mr. Brown (Quentin Tarantino), Mr. Orange (Tim Roth), Mr. Pink (Steve Buscemi) e Mr. White (Harvey Keitel). Com eles está Joe Cabot (Lawrence Tierney), um gângster de Los Angeles, e seu filho "Cara Legal" Eddie Cabot (Chris Penn). Mr. Brown discorre sobre a sua análise de "Like a Virgin", da cantora Madonna, enquanto Joe se irrita com Mr. White após discutirem sobre sua agenda de endereços e Mr. Pink defende a sua política anti-gorjeta — até Joe forçá-lo a deixar uma gorjeta para a garçonete. A cena corta para o interior de um carro em alta velocidade. Mr. White, dirigindo com uma mão, tenta consolar Mr. Orange, que levou um tiro no abdômen e sangra enquanto, delirando, grita. Eles chegam a um depósito abandonado, o ponto de encontro dos ladrões. Mr. White segura um visivelmente amedontrado Mr. Orange em seus braços até Mr. Pink aparecer. Ele raivosamente sugere que o assalto a uma joalheria, orquestrado por Joe Cabot, foi uma armação da polícia, dada a rápida resposta dos policiais ao alarme. Mr. White concorda e eles contrastam as suas histórias do ocorrido. A cena corta para o Mr. Pink escapando com os diamantes. Mr. White revela à Mr. Pink que Mr. Brown foi baleado e assassinado pela polícia, e os paradeiros de Mr. Blonde e Mr. Blue são desconhecidos para ambos. O filme, então, retrocede para uma cena indicando que Mr. White é um amigo de longa data de Joe Cabot. Após cuidarem de um Mr. Orange inconsciente, os dois homens discutem as ações do psicopata Mr. Blonde, que assassinou diversos civis depois que o alarme fora disparado. Mr. White está furioso pela decisão de Joe de empregar um psicopata e concorda com a possibilidade de uma armação. Mr. Pink revela que ele escondera os diamantes em um local seguro. Eles discutem violentamente sobre levar ou não Mr. Orange a um hospital, quando Mr. White revela que havia revelado ao idealizador o seu verdadeiro primeiro nome. Mr. Blonde, que assistia tudo à distância, se adianta e encerra a disputa. White, raivosamente, repreende Blonde pela violência empregada na joalheria, enquanto Blonde, calmamente, rejeita a sua crítica. Ele diz à White e Pink para não abandonarem o ponto de encontro, uma vez que "Cara Legal" Eddie está a caminho. Mr. Blonde os convida a verem algo que está no porta-malas do carro, estacionado do lado de fora do depósito. Quando eles chegam ao carro, Mr. Blonde abre o porta-malas e revela um policial capturado, chamado Marvin Nash (Kirk Baltz). A ação do filme retrocede, revelando que Mr. Blonde se envolveu com o roubo devido à sua amizade com "Cara Legal" Eddie. Os três homens nocauteiam o policial e mandam que ele os conte quem é o informante. Ele protesta e diz não saber. Isso continua até que um furioso Eddie chega ao depósito. Após repreender os homens pela carnificina e incompetência mostradas no roubo, ele ordena que Mr. Pink e Mr. White o ajudem a recuperar os diamantes roubados e a se livrarem dos veículos sequestrados. Ele manda o Mr. Blonde ficar com Marvin e com Mr. Orange, o qual está lentamente morrendo. Quando ele está sozinho com Mr. Blonde, Marvin conta a ele que só é policial há oito meses, o que lhe impede de saber sobre as armações policiais. Mr. Blonde responde que não está interessado no que o policial faz, tampouco no que ele não sabe, e admite que deseja torurar Marvin por nenhuma outra razão senão o seu próprio prazer. Blonde liga o rádio e faz uma dança ameaçadora ao som de "Stuck in the Middle With You", do grupo Stealers Wheel, antes de cortar o rosto de Marvin com uma navalha, decepando sua orelha direita. Ele então provoca Marvin ao levantar a orelha decepada e dizer "Hey, o que está acontecendo?", perguntando ao policial se ele consegue ouvi-lo, rindo sarcasticamente. Blonde volta ao carro e pega um recipiente de combustível. Quando retorna, joga gasolina em Marvin, fazendo um pequeno rastro do combustível restante na frente do policial. Assim que está prestes a soltar o isqueiro sobre o rastro de gasolina, Mr. Orange dispara diversas vezes contra Blonde, matando-o, e salvando Marvin de morrer queimado, deixando-os sozinhos no depósito. Mr. Orange revela à Marvin que ele é um policial chamado Freddy Newandyke, e Marvin diz que está preocupado com isso, pelo fato de o ter conhecido alguns meses antes. Mr. Orange tranquiliza Marvin ao dizer que uma grande força policial está em posição a algumas quadras dali, esperando apenas pelo momento da chegada de Joe Cabot. Uma série de flashbacks mostra o envolvimento de Mr. Orange em operações policial para capturar Joe, além do desenvolvimento de sua amizade com Mr. White. A cena corta para Mr. Brown sendo assassinado com um tiro na cabeça enquanto tenta escapar com Orange e White; Mr. Orange sendo baleado no estômago pela motorista do carro que ele roubou junto do Mr. White; e Mr. Orange atirando e matando a mulher, após ela atirar nele. Os restantes do grupo do assalto retornam para o depósito e encontram Mr. Blonde morto. Mr. Orange diz que Mr. Blonde ia matar Marvin, ele, e o resto da gangue, assim que eles chegassem, para que pudesse ficar com os diamantes para si. Devido às ações durante o roubo, Mr. White e Mr. Pink acreditam em Mr. Orange. Todavia, Eddie, enfurecido, não acredita; ele saca sua arma e atira três vezes em Marvin. Eddie, então, conta à Orange que Blonde era um amigo muito próximo e pessoal seu, que sempre fora leal a ele e seu pai, mesmo quando esteve preso por quatro anos. Eddie raivosamente ordena que contem a verdade sobre o que aconteceu com Mr. Blonde, enquanto Orange se enrola para justificar suas ações. Joe chega e, após informar o grupo de que Mr. Blue fora morto, acusa Mr. Orange de ser um informante, forçando Mr. White a defender o seu amigo. Joe está prestes a executar Orange quando White reage sacando sua arma e apontando-a para Joe, ameaçando matá-lo caso ele atire; Eddie reage apontando sua arma para Mr. White, ordenando que ele a abaixe. Estabelece-se um impasse mexicano. Subitamente, Joe atira em Mr. Orange, ferindo-o novamente; em resposta, Mr. White atira em Joe, matando-o; e, em retaliação, "Cara Legal" Eddie" atira em Mr. White, ferindo-o; finalmente, Mr. White atira em Eddie, matando-o. Mr. Pink, que se escondera sob as escadas para escapar do tiroteio, pega os diamantes e foge do depósito. Logo, sirenes policiais e gritos são ouvidos do lado de fora, seguidos de diversos tiros e gritos indistintos de Mr. Pink, dizendo para não atirarem. Enquanto Mr. White pega Mr. Orange nos braços, Orange revela que ele é, de fato, um policial disfarçado. Isso acaba com Mr. White, que começa a soluçar de frustração, apontando sua arma para a cabeça de Mr. Orange. A polícia entra no depósito (com a câmera focando a face de Mr. White), ordenando que ele largue sua arma; o filme termina com o som de um tiro, nao dando a entender se white atirou em orange, ou se a policia atirou em white, ou se ambos aconteceram. (Fonte: Wikipedia)
O PRIMEIRO CRIME
Divulgamos a excelente matéria que o jornalista Demontier Tenório postou hoje no site Miséria sobre o transcurso dos cem anos do primeiro crime de pistolagem no município que foi pago com uma burra. Eis a sua íntegra.
“O Site Miséria lembra nesta segunda-feira, dia 9 de junho, a passagem de exatos 100 anos da ocorrência do primeiro crime de pistolagem registrado no município de Juazeiro do Norte. A vítima foi Paulo Maia Ferreira de Menezes, então com 35 anos, cuja vida custou cem mil réis e uma burra pagos por Nazário Landim ao pistoleiro apelidado por “Mané Chiquinha”. Ele nasceu em Crato, era primo de Padre Cícero e filho do ex-deputado estadual, Aristides Ferreira de Menezes e Ana Leopoldina Maia. Em setembro de 1979, Paulo Maia foi homenageado com o seu nome na avenida que nasce ao lado do Teatro Marquise Branca e segue na direção do Parque Antonio Vieira. Ele era ourives e comerciante tendo sido um dos entusiastas pela liberdade de Juazeiro a quem coube a primazia do grito de Independência na tarde do dia 7 de setembro de 1910. Segundo relatos históricos, Paulo Maia arregimentou amigos onde hoje é a Praça Padre Cícero e empunhou a bandeira brasileira após saírem pelas ruas. Ele era casado com a juazeirense Aurora Inácio de Figueiredo Maia, parente de José André de Figueiredo, um dos líderes políticos do vilarejo. O casal teve os filhos Odilon, Zezé, Almerinda, Doralice e Argemira, sendo esta a única viva. O responsável pela execução do crime mediante paga era um “cabra” oriundo do sertão pernambucano no caso “Mané Chiquinha” o qual foi assassinado numa caça determinada pelo estado aos perigosos matadores de aluguel da época. 
HISTÓRIA - O motivo para o primeiro crime de pistolagem em Juazeiro remanesce ao ano de 1856 em Crato e antecede, portanto, ao nascimento de Paulo Maia o que se desdobrou ao longo de sete décadas. Naquele ano, as eleições para vereadores e juiz de paz que ocorriam no interior da Igreja Matriz de Crato estavam “pegando fogo” e a polícia comandada por José Ferreira de Menezes foi acionada. Em meio ao conflito e troca de tiros tombou morto o Coronel José Gonçalves Landim. Anos depois, o filho de José Ferreira se tornava influente líder político do Cariri. Era Aristides Ferreira - pai de Paulo Maia – o qual sofreu um revés político em 1904 e ainda passou a ser perseguido pela Guarda Municipal de Crato sob o comando de Nazário Landim reascendendo discórdias entre as famílias em virtude da morte do seu avô José Gonçalves. Num encontro com o Coronel Aristides, o agrediu a socos e pontapés como se fora uma vingança. A resposta partiu do seu filho Paulo Maia que deu uma surra em Nazário. Quando conquistou liberdade da cadeia um ano após, Paulo Maia decidiu morar na Vila Juazeiro, onde cuidaria das terras do pai no Sítio Muquém passando a se inserir na vida político-social do vilarejo. Com a deflagração da Guerra de 1914, Floro Bartolomeu começou a atrair jagunços e um destes foi “Mané Chiquinha” que se tornou amigo do Major Nazário Landim. Ao saber da surra que este tinha levado de Paulo Maia e que o mesmo já estava solto, se ofereceu para matá-lo em troca de vantagens. Nazário consultou e obteve a concordância de Floro que não via com bons olhos o crescimento da popularidade de Paulo Maia. Na época em que foi morto, residia numa casa na chamada Rua do Brejo, em frente à Igreja Matriz, que foi demolida no final da década de 80 para a construção do Centro de Apoio ao Romeiro. Ele conversava com o seu vizinho, Doroteu Sobreira, que viu alguém escondido em meio à escuridão do matagal em frente, mas Paulo Maia não acreditou e continuou no bate-papo quando foi surpreendido por um tiro de carabina modelo 1908 bem certeiro no peito esquerdo. A família descobriu ter sido pistolagem e Nazário fugiu, provavelmente, para Antenor Navarro (PB), onde seu primo Quinco Vasques se refugiava de uma briga em Lavras da Mangabeira. Muito tempo depois, veio ao Crato apenas apanhar um trem e viajar quando Pedro Maia soube e foi lá. Ao encontrar com o mesmo na estação disse-lhe: “Eu sou o irmão de Paulo Maia. Levante-se para morrer e nunca mais você mata um irmão de um homem”. Depois, atirou e este tombou morto no bar da estação de Crato na presença de Odilon e Zezé, filhos de Paulo Maia, que o tio levou ao local. 
(Nas nossas ilustrações, o mandante do crime, delegado Nazário Furtado Landim, e o pistoleiro, Mané Chiquinha.)